As palavras abandonadas em horas moribundas, gastas em rituais baldados… Palavras que colam o chão de sombras desconcertantes.
Deveria ter escrito, anotado cada instante em que o sentir era o único verbo, em que amar a única acção e o sonho era a única verdade. Deveria ter pregado na palavra os instantes em que envolveste meu nome em magia. Deveria ter travado o rolar dos dias, fixar o fascínio pelas coisas vividas, os olhares quentes, as ruas enegrecidas, a cidade da melancolia em que eu só me perdia...
Surripiaste as minhas palavras. Só a mim me pertenciam. Como ousaste tão soberba audácia?
Já nada me pertence... A não ser o permanente atar e reatar das palavras quebradas. Não as deixarei sucumbir em sombras fugidias.
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2 comments:
é pa! temos poetisa????
Eu acho que temos! ;) Toca a escrever, teacher! :)
Beijinho.
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